Linha do Tempo

Linha do Tempo

quinta-feira, 5 de maio de 2016

Último Adeus

Fique em silêncio eterno minha lira;
Vai eflúvio de Deus! Deus te bem fade;
Nesta alma em teu lugar fica a saudade,
Se a essência sobrevive à flor que expira.

Dizer-te adeus não pude; quando ocorre
Tal voz ao lábio, o lábio empalidece,
Como a nota da lira nos falece
Ante a lua que cai, e o sol que morre;

Ante o sopro que varre o cedro e o vime,
Ante o sublime aspecto do oceano,
Ante a esposa do Mártir sobre-humano,
Ante tudo o que é grande e que é sublime.

Embora: quando a lâmpada crepita,
Já falta óleo de lânguida esvoaça;
A nuvem estala, ruge a onda, e passa...
Guarda em silêncio a abóbada infinita.

O poema explicita a respeito de um eu - lírico que está exilado e fala da sua tristeza de ter deixado tudo para trás, sua amada.
Fica bem visível que o eu - lírico está muito triste pela sua perda no momento em que ele diz:
  
Fique em silêncio eterno minha lira;
Vai eflúvio de Deus! Deus te bem fade;
Nesta alma em teu lugar fica a saudade,

No final do poema a impressão que passa é que já se passou muitos anos e que o eu - lírico já está no fim da vida, quando ele faz a comparação de sua alma sendo o óleo que já falta.

Embora: quando a lâmpada crepita,
Já falta óleo de lânguida esvoaça;
A nuvem estala, ruge a onda, e passa...

Nenhum comentário:

Postar um comentário